Projeto MALOCA
By UnBProjeto Maloca UnB
Arquitetura: CEPLAN UnB
Madeira: Eucalipto Roliço e Massaranduba
Local: Brasília – DF
Ano: 2015
Sistema Estrutural: Pilar e Viga
Fotos: Carpinteria
A Maloca tem a marca de cada estudante, pois cada um deixa seu pedaço ali. Ela possui laboratórios de informática, sala de estudo individual e em grupo, promove oficinas de artesanato, conto, palestras, dança e música indígena.
“A Maloca representa muito para a gente, pois é onde os estudantes indígenas se encontram para socialização, eventos culturais e debates políticos da UnB, o que se torna bastante importante para a vida acadêmica dos povos. O espaço é bem localizado e possui um tamanho adequado para as reuniões de coletivo, onde também fica uma coordenação voltada para os estudantes indígenas”, conta Leandro Ferreira Benedito, do povo Tupinikim, estudante de Medicina.
Atualmente, 67 indígenas oriundos de 15 povos – Baniwa, Baré, Potiguara, Atikum, Fulni-ô, Tikuna, Pankararu, Macuxi, Kariri-Xocó, Kokama, Tupinikim, Paraxó, Tukano, Tuxa, Puyanawa –, distribuídos em sete estados, estão matriculados na instituição, sendo 42 na graduação e 25 da pós-graduação.
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O que a Maloca, espaço de convivência indígena, significa para você?
Eu diria que demonstra que indígenas estão presentes e sempre estiveram. Em termos de instituição, o espaço significa marcar nossa presença na academia como povos indígenas. Estamos trabalhando para que ela seja um pouco da nossa casa.
Cada estudante tem um pedaço ali, seja no conto, artesanato, canto ou dança. O local oferece laboratório de informática e espaço para estudos em grupo e individual, além de abrigar a coordenação indígena, que é parte da Diretoria da Diversidade (DIV) da UnB, e tem o papel de acompanhar os alunos, conforme a necessidade.
Quais as principais mudanças sentidas após a construção da Maloca?
Após a conquista do espaço, passamos a sentir como se lá fosse nossa segunda casa, um espaço onde nos encontramos para planejar nossas demandas e trabalhos em prol dos povos indígenas.
Quanto ao coletivo, o espaço está nos aproximando, mas ainda há muito a fazer para que todos se sintam bem acolhidos. A nossa diferença precisa ser respeitada, pois, apesar de sermos todos indígenas, cada um tem suas especificidades de cultura e língua.
Temos trabalhado bastante para que essas coisas, além de serem respeitadas, sejam valorizadas na Maloca.
O que a presença indígena significa na Universidade?
Uma diferença positiva. Nesses 13 anos de presença, temos conquistado, além do espaço, a oportunidade de poder falar da nossa realidade e de como é ser indígena neste século, em que se usa tecnologia do conhecimento não indígena. Além disso, representa a consciência de não deixar de lado nossas tecnologias, pois os dois conhecimentos só vêm somar à luta pelos nossos direitos.
Quais perspectivas o restabelecimento do vestibular indígena traz?
A retomada é um avanço para o nosso grupo e a expectativa é muito grande e positiva. Existe a possibilidade de ser decepcionante, pois pode ter muita ou pouca procura. Mas estamos retomando algo que estava parado. Os debates do nosso grupo nos levam a crer que os que vão vir para a UnB serão aqueles que abraçarão a causa da militância de estudantes indígenas na Universidade e no movimento indígena.
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