A grande mudança da Madeira

A grande mudança da Madeira

A primeira imagem é Paris no futuro, com prédios de madeira imaginada por Michael Green. A segunda imagem, em preto e branco, é Metropolis, a visão de Fritz Lang da cidade do futuro, imaginada em 1927. E a terceira imagem é a visão que o clássico anime AKIRA, de 1988 imaginou da cidade de Tóquio no Japão no ano de 2019.

É sempre divertido ver como imaginavam as cidades no futuro para comparar o quanto estavam corretos e o quanto passaram longe de como as coisas realmente são hoje em dia.

Um dos maiores erros : os materiais de construção dos edifícios.

Acontece que as cidades do futuro poderão ser construídas com madeira. Uma infinidade de arquitetos e engenheiros no mundo todo estão abraçando a idéia de usar madeira nos seus projetos. É o material do momento.

Tudo começou efetivamente no ano de 2008 em Londres com o projeto STADTHAUS dos arquitetos Waugh Thistleton. O primeiro prédio residencial, com mais de 8 andares feito totalmente de madeira.

Já em 2014, pelo menos 30 edifícios desse tipo ou até mais altos estavam sendo construídos pelo mundo. E agora, centenas estão sendo projetados e em andamento. É uma onda mundial.

Em 2018, projetistas japoneses revelaram a intenção de se construir o W350, uma torre de 350m de altura. Quando estiver completada em 2041, será o prédio mais alto do Japão e terá 90% de madeira em sua estrutura. Os outros 10% será de aço e concreto.

Se pra vocês 2041 ainda está num futuro bem longe, já existem algumas torres de madeira construídas por aí.  

Em Viena, na Áustria, tem a torre HOHO que está sendo construída e será inaugurada em 2020 e possui 24 andares.Em Bergen, na Noruega, temos a torre TREET de 14 andares e sua construção terminou em 2015.

A razão por essa “febre” de construção em madeira pode ser uma convergência de fatores ambientais, ecológicos e demográficos. Primeiro aconteceu o fenômeno chamado “biggie”, uma crescente percepção sobre as mudanças climáticas no planeta. 

Os últimos dados fornecidos pelas Nações Unidas sobre mudanças climáticas dizem que para evitarmos um total desastre climático devemos limitar o aumento da temperatura global para no máximo mais 1,5 graus Celsius. E para fazer isso, temos que reduzir drasticamente a emissão de CO2 para pelo menos a metade, até 2030.

Na última década, alguns arquitetos estiveram promovendo o uso da madeira na construção civil para reduzir a emissão de CO2 na atmosfera. Essa mudança tem que começar de alguma forma e a madeira certamente fará parte dessa solução para o planeta.

De acordo com cálculos feitos pela universidade de Yale nos EUA, um prédio típico de meia altura construído da forma tradicional em concreto armado e aço, gera aproximadamente 3.000 toneladas de emissão de CO2 na atmosfera durante sua construção e sua vida útil. Construindo o mesmo prédio em madeira, EVITAMOS a emissão de pelo menos 4.000 toneladas de CO2. Isso acontece porque as árvores sequestram o dióxido de carbono enquanto estão crescendo. Cada metro cúbico de madeira que cresce, sequestra pelo menos 1 tonelada de CO2. O estudo de Yale descobriu que simplesmente trocar o material de construção que era de concreto e aço por madeira pode reduzir a emissão de gases no efeito estufa em 31%. É isso que está fazendo com que a madeira seja usada para construção desses novos prédios.

Um outro fator é uma demanda imensa para construções residenciais urbanas. Em 2050, mais de 2,5 bilhões de pessoas estarão morando em áreas urbanas.

Construir esses prédios em madeira é muito mais rápido e eficiente do que construir em concreto armado e também é muito competitivo em relação aos custos. Isso porque tudo é pré fabricado. Dessa forma a construção em madeira elimina vários dos custos indiretos em uma obra, tornando-se super competitiva.

Agora vamos colocar alguns elefantes na sala, o FOGO.

Construir prédios de madeira não é bem uma idéia tão nova assim. Esse é o templo de Horyu-Ji no Japão, a construção de madeira mais antiga do mundo. Foi construída no ano de 607 AC e tem uma altura de 32m. E está num lugar chuvoso e sobre ações de terremotos o tempo todo. Nada mal.

A razão pela qual não temos tantos prédios antigos de madeira como esse é obviamente o fogo. 

Londres foi dizimada pelo grande incêndio de 1666 e isso fez com que as normas de construção civil exigissem que a cidade fosse reconstruída com tijolos e pedras. Nova Iorque, São Francisco, Chicago e Washington também sofreram com grandes incêndios, dizimando quase toda a cidade. E esses eventos ficaram na memória coletiva das pessoas. 

Então o que mudou com essa nova concepção de construção de madeira que estamos falando? Essas torres não são construídas com pequenas peças ou “palitos” de madeira como sempre foi feito há anos, chamadas de woodframe, ou balloon frame. São sim construídas com peças de madeira estruturais e massivas, coladas uma à uma para formar pilares e vigas colossais. É a chamada madeira engenheirada, que passou por uma indústria para se tornar super forte.

Há 20 anos atrás, engenheiros e pesquisadores descobriram que colar a madeira num formato de zig-zag, alternando a direção das fibras, como se fossem entrelaçadas, tornaria a peça de madeira muito mais resistente. Foi aí que surgiu o CROSS LAMINATED TIMBER ou madeira laminada colada cruzada, ou simplesmente o CLT.

O CLT, junto com outros produtos de madeira engenheirada pode ser chamado também de MASS TIMBER ou MADEIRA MASSIVA.

A Madeira Massiva foi já exaustivamente testada em laboratório e universidades do mundo todo contra fogo, incêndio, explosões, ataque de cupins, brocas, fungos, ação de terremotos, etc. E se comportou igual ou até melhor do que o concreto armado ou aço. 

Essas grandes peças de madeira e até árvores gigantes na floresta, se portam muito bem em situações de incêndio. Elas carbonizam na camada exterior e a camada interior permanece intacta. Essa camada carbonizada, corta o Oxigênio e protege o miolo. Portanto, sabemos que a madeira pega fogo, mas pega de uma madeira super previsível. 

A madeira também é ótima contra terremotos e movimentações laterais pois é muito leve e dúctil, porém isso cria um certo tipo de problema. Ela precisa de contraventamentos e travamentos para não movimentar. Para isso contamos com a criatividade dos projetistas desses prédios altos de madeira. 

A RIVER BEACH TOWER que foi proposta em Chicago, tem 80 andares e 228 metros de altura. Para estabilizar horizontalmente uma torre como essa, os projetistas alargaram a planta para ter dois blocos, criaram um núcleo rígido central em forma de treliças, que eles chamam de “favos”, pois lembra uma colméia e esse núcleo estabiliza o prédio todo.

Vejam como a madeira está aparente, à vista e ao toque de todos que vão frequentar esse edifício. Isso nos leva à outro estudo, que mostra que a conexão do ser humano com materiais de origem natural aumenta a nossa sensação de bem estar. 

Embora esses conceitos de prédios altíssimos de madeira sejam maravilhosos, na prática esse tipo de construção tão alta ainda não está pronta para decolar. Esses projetos conceituais são elaborados para fomentar a idéia de construções em madeira para o futuro fazendo com que as pessoas se acostumem com a idéia e empurrando a ciência da engenharia em madeira para novos desafios. 

Na real esses prédios super altos de madeira, se fossem construídos com a tecnologia que existe hoje em dia seriam também super caros.  Aquele super prédio no Japão custaria o dobro do preço de um prédio de madeira que é construído hoje em dia, se fosse feito com a tecnologia disponível. 

Portanto, os prédios super altos de madeira ainda são conceituais e podem estar ainda longe de serem construídos, porém os prédios de altura média entre 8 e 12 andares já são uma realidade plausível e viável, com a Europa e o Canadá liderando a corrida.

Pra finalizar tem mais uma coisinha : a idéia toda de se construir com madeira está totalmente ligada com a floresta, afinal a madeira vem de lá. Então não pense que estamos usando madeira das árvores nativas. A madeira pra essas construções deve vir de florestas com árvores plantadas para esse fim, sustentavelmente manejadas. 

Até agora nenhum governo em nosso país ligou muito pra isso e nunca deu nenhum incentivo para construções em madeira. Acho que está na hora de mudarmos as coisas por aqui também.

Nós da CARPINTERIA, junto com a CROSSLAM estamos trabalhando seriamente e incansavelmente para essa grande mudança!

Texto : Eng. Alan Dias (alan@carpinteria.com.br)

Por que a madeira está de volta no topo da árvore para arquitetos

Por que a madeira está de volta no topo da árvore para arquitetos

Por  – The Observer

Forte, limpa e versátil a MADEIRA ENGENHEIRADA é o “novo concreto”. Com arranha-céus de madeira a caminho, poderia ser a resposta para a crise imobiliária global?

Existe um material de construção milagroso – tão ecologicamente correto que extrai carbono (CO2) da atmosfera ao invés de adicionar (ou liberar); um material com o qual estruturas podem subir a velocidades relâmpago, que reduz o ruído e a interdição de locais de construção, que podem ser tão fortes quanto o aço e muito mais leves, o que torna os trabalhadores da construção civil e os usuários mais felizes, e através de muita tecnologia, está ficando cada vez mais eficiente e adaptável. É o material do futuro“, um arquiteto me diz. Seus mais fervorosos proselitistas acham que isso poderia consertar a superlotação das cidades do mundo. Ao mesmo tempo, essa “coisa” – madeira – é tão antiga que os teóricos do século XVIII acreditavam que Adão construiu a primeira casa de madeira no Jardim do Éden. A madeira, modesta e despretensiosa, entrou em uma cabine telefônica e saiu como “super-substância”.

Seu glamour tem origens sem glamour. É preciso voltar no tempo Nos anos 90, como a tecnologia digital já estava fazendo com que o mundo usasse menos papel do que o esperado, o governo austríaco financiou uma busca por usos alternativos para a madeira cultivada em suas florestas. Gerhard Schickhofer, professor de engenharia, surgiu com uma idéia, que consistia em construir camadas de tábuas, cada uma em ângulo reto com as adjacentes, fixá-los com cola e pressioná-los. Isso faz uma espécie de “madeira compensada”, chamada de MADEIRA LAMINADA CRUZADA (CLT). É forte, rígida e durável, isola o calor e o som, e pode ser pré-fabricado em fábricas com altos níveis de qualidade e precisão. Você pode fazer pisos, paredes, escadas e poços de elevador, empilhando painéis como uma torre de dominós invulgarmente estável.

Embora o CLT receba a maior atenção, é um dos vários produtos que têm o nome de “MADEIRA ENGENHEIRADA”, que têm em comum o uso de novas tecnologias para fazer um material natural funcionar como um industrial. Um dos primeiros a adotar, o britânico Alex de Rijke, da dRMM Arquitetos, que ganhou o prêmio Stirling 2017 com a reconstrução parte-CLT da empresa de Hastings Pier , chamou a madeira projetada de “o novo concreto”. Ele quer dizer que é um material onde a superfície que você vê também é o material que sustenta a construção, que é o material que também impede a mudança de clima. “Pode haver algo muito visceral nisso”, diz De Rijke. “Todos nós gostamos de catedrais de pedra por esse motivo.”

Outro entusiasta, Andrew Waugh, de Waugh Thistleton Arquitetos, aponta as maneiras pelas quais é melhor que concreto. Você pode colocar a estrutura de um bloco de nove andares , como ele fez em Murray Grove, norte de Londres, com uma equipe de quatro carpinteiros em 27 dias úteis. A madeira proporciona locais de construção mais silenciosos, mais calmos e limpos, sem o ruído e a poeira das perfuratrizes e trituradores de martelo. Requer um quinto das entregas por caminhão que o concreto faz. Cria um desperdício mínimo (que, como uma alta porcentagem do lixo que vai para o aterro sanitário provém da construção civil, não é uma questão nada pequena).

O que aprendemos trabalhando com CLT?

O que aprendemos trabalhando com CLT?

Este ano faz mais ou menos 1 ano que começamos a trabalhar com o CLT que a CG CROSSLAM produz aqui no Brasil. A perceria se tornou tão grande e eficiente que fizemos a FUSÃO das duas empresas e nos tornamos uma só. Aprendemos muito, trocamos informações e cada dia mais estamos mais felizes em poder trabalhar com esse material em nossos projetos.

As primeiras obras que montamos foram residências pequenas e escolas, mas muita coisa nova está por vir, cada vez maiores e mais ousadas.

Agora que estamos super familiarizados com o CLT tanto em cálculo como em montagem, segue uma lista de coisas que aprendemos com o material :

1.  ACREDITE NESSA MODA! – o CLT é muito rápido de se construir. Nosso projeto combinou uma estrutura CLT com um sistema de fixação (Alufoot) numa fundação em concreto rasa (tipo radier) e que foi instalado em apenas um dia e tornou a construção ainda mais rápida. Toda a estrutura foi levantada em 4 dias e aparentemente o que aumentou foram as pessoas andando mais devagar em volta da construção pra ver o que estava acontecendo. No entanto, a instalação da hidráulica/elétrica, fachadas ventiladas e cobertura ainda demorou mais do que o esperado. AInda bem que o CLT ganhou tempo de obra para esses outros elementos!

Lição: Se você quiser explorar todos os benefícios do CLT, esteja preparado para trabalhar muito nos estágios iniciais do planejamento do projeto para maximizar a integração com outros itens contratados.

2. CLT É REALMENTE SILENCIOSO AO SE CONSTRUIR – É bem estranho ver o progresso da construção com pouco mais do que o zumbido de uma broca/parafusadeira de mão pontuando a serenidade. Este fato, aliado à velocidade do CLT e à falta de desperdício, torna-o uma maneira de construir com baixíssimo impacto – uma verdadeira bênção para as ruas tranquilas dos subúrbios, onde os vizinhos ODEIAM obra!

Lição: Construa com CLT e seus vizinhos vão adorar você, rs!

3. COM O CLT VOCÊ PODE “PREVER” O QUE VAI ACONTECER PARA CONSTRUIR MAIS RÁPIDO – O CLT dá aos proprietários a opção de rapidamente se mudarem com um mínimo de trabalho nos acabamentos internos. Nestes projetos, os proprietários optaram por fazer muito do trabalho interno e tiveram a capacidade de se mudar pra casa, enquanto ainda faltava pouca coisa pra terminar. Como o custo da construção com CLT é fechado, dá pra se programar EXATAMENTE com o que vai se gastar na obra.

Lição: O CLT oferece aos clientes maior flexibilidade. Algumas coisas para lembrar :

· As dimensões de quaisquer acabamentos adicionais devem ser contabilizadas nos projetos arquitetônicos originais, como contrapisos em pisos ou paredes e fachadas ventiladas – novamente, o planejamento é fundamental.

· O CLT produzido no Brasil é feito de pinus e mudará de cor ao longo do tempo se exposto à luz; portanto, se você optar por deixar o CLT exposto por um período de tempo, tenha cuidado com sombras de tapete no chão e silhuetas de quadros.

4. A ESTRUTURA DE CLT FINALIZADA É MAIS FORTE QUE AS PEÇAS INDIVIDUAIS – Isso é bom quando a estrutura está completa, mas pode causar algumas dores de cabeça durante o processo de montagem. Seções em balanço e grandes vãos podem desenvolver deflexões e movimentações durante a construção, antes que o edifício tenha desenvolvido sua rigidez total. Podem surgir problemas que se ajustam aos painéis subsequentes devido à extrema precisão do CLT.

Lição: Mesmo em projetos simples, o construtor e o engenheiro estrutural devem atender e passar pelo plano de montagem para identificar e reduzir os riscos de tolerância no processo de montagem.

5. AS CONSTRUÇÕES EM CLT OFERECEM MARAVILHOSOS AMBIENTES INTERNOS – Este é mais difícil de definir – um edifício da CLT tem um certo “je ne sais quoi“. Poderia ser porque a sensação de um edifício CLT – uma sensação de solidez monolítica que normalmente só vem com um edifício de concreto? Pode ser porque a madeira pareça atraente para a nossa biofilia inerent?. Ou poderia ser a precisão produzida pelo CNC provocando um senso de ordem e exatidão? Ou talvez seja algo completamente diferente? Procure saber!

Lição: As vantagens do CLT não são apenas a sua sustentabilidade ou o processo de construção simplificado – os edifícios CLT acabados criam espaços internos fantásticos.

Carpinteria presente na Premiação IABsp 2018

Carpinteria presente na Premiação IABsp 2018

A Premiação IABsp, um dos mais aguardados e competitivos prêmios da arquitetura brasileira,  revelou dia 6 de dezembro, os vencedores de 2018 em 14 categorias. A Carpinteria esteve presente em 4 projetos premiados!

Ao longo dos anos, desde sua primeira edição em 1968, a premiação do IABsp se afirmou como uma importante plataforma de crítica, reconhecimento e divulgação da produção da arquitetura e do urbanismo nacional, promovendo a troca de ideias e de novas soluções entre os arquitetos brasileiros.

Artigo oficial IABsp : http://www.iabsp.org.br/?concursos=premiacao-iabsp-2018-75-anos

CATEGORIA RESIDENCIAL UNIFAMILIAR – PROJETO

Casa CUNHA

Arquitetos : Luis Tavares e Marinho Veloso – Arquipélago Arquitetos

CATEGORIA PROJETO – Menção Honrosa

Pavilhão STK

Arquiteta : Maria Jocelei Steck – Steck Arquitetura

Categoria Projeto Madeira – Vencedor

Sede Admnistrativa MUCJI – Peruíbe

Arquietos : Tiago Oakley, André Sant’Anna da Silva, Gabriel Manzi, Ivo Magaldi, Lucas Girard, Luís Pompeo, Luiz Florence e Moreno Zaidan Garcia – 23 SUL Arquitetura

Categoria projeto executado – vencedor

Micasa VOL.C

Arquitetos : Márcio Kogan e Márcio Tanaka – Studio MK27

Carpinteria em Vancouver

Carpinteria em Vancouver

Tem vídeo novo no canal do Youtube! A Carpinteria realizou uma visita nas construções em madeira da cidade de Vancouver, Canadá. A visita foi guiada pelo engenheiro Eric Karsh, da Equilibrium Consulting. CLIQUE AQUI : https://youtu.be/WemAdR9Y3cU Aeroporto de YVR – 0:35 North Vancouver City Hall – 1:00 Casa Hadaway – 2:11 BC Passive House – 2:30 Audain Art Museum – 3:33 O’ Syiam Pavillion – 4:00 Craft Beer Market – 4:45 Richmond Olympic Arena – 5:08 SkyTrain Millenium Line – 7:45 Granville Island Public Market – 9:41 Telus Garden – 10:41 Michael Green – 11:24 Wesbrook Community Centre – 11:32 Forestry Wood Science Building – 12:14 UBC Training Center – 12:53 CIRS – 13:28 Earths Sciences Building – 14:02 FPInnovations – 15:47 Brock Commons – 16:08 http://www.carpinteria.com.br http://www.eqcanada.com Eng. Alan Dias