Processo de produção da MLC

Processo de produção da MLC

Quer conhecer de perto o processo de produção da MADEIRA LAMINADA COLADA (MLC)? A gente te mostra!

PRIMEIRA FASE

FASE 1.A – CHECAGEM DIMENSIONAL : Garante as dimensões básicas do elemento estrutural a ser fabricado. As peças que estiverem fora dos limites de tolerância são excluídas do ciclo de produção.

FASE 1.B – CHECAGEM DE UMIDADE : Detecta alterações desde a medição feita pelo fornecedor. Os dados são registrados com precisão e armazenados, e posteriormente incluídos na documentação exigida pelos organismos de certificação de qualidade.

FASE 1.C – CHECAGEM DE RESISTÊNCIA : As lâminas podem pertencer a diferentes classes de resistência, e esta etapa permite a escolha das peças mais adequadas a cada tipo de aplicação. Ao fim desta Fase, as tábuas estão prontas para serem transformadas.

SEGUNDA FASE

FASE 2.A – FINGER JOINT : Sistema que fornece uma emenda precisa, resistente, rápida e que garante excelente qualidade final do produto (consiste em transformar a tensão de tração longitudinal em tensão de cisalhamento ao longo das linhas de colagem).

FASE 2.B – PRENSAGEM DAS TÁBUAS COM FINGER JOINT : Uma vez que as finger joints são usinadas, as placas vão para uma prensa hidráulica de alto desempenho, com pressão adequada ao tipo da madeira.

FASE 2.C – ESTOCAGEM : A fim de assegurar uma junta padrão, as lâminas são armazenados por pelo menos seis horas em uma área especial da planta.

TERCEIRA FASE

FASE 3.A – COLAGEM : A colagem é elemento chave do ciclo de produção, com claro impacto na qualidade final do produto. O adesivo é aplicado em uma única face, onde os bicos do aplicador de cola formarão uma cortina. Isso deve ocorrer dentro de 48h após o aplainamento, para evitar a oxidação da superfície da madeira.

FASE 3.B – ESTRATIFICAÇÃO DAS LÂMINAS : As lâminas vão para a “cama de prensa”, uma superfície para fixação dos gabaritos.

FASE 3.C – PLANEJAMENTO DAS VIGAS : No passo seguinte utilizamos a máquina de plaina, onde são removidas quaisquer irregularidades das superfícies das vigas.

FASE 3.D – ACABAMENTO E IMPREGNAÇÃO : As vigas seguem para o setor de acabamento, onde é feito o tratamento de superfície através de pistola – o produto é um impregnante com função hidrorepelente, fungicida e bactericida.

MADEIRA E ADESIVO

É possível colar praticamente todas as madeiras. Entretanto, algumas espécies possuem características físicas e químicas que exigem o emprego de colas especiais ou a modificação das colas normalmente comercializadas para o uso em madeiras. Normalmente, as espécies mais aconselhadas para o emprego em MLC são as das coníferas e algumas folhosas.

Em todo caso, como o processo da MLC é pouco utilizado no brasil, é evidente que estudos devem ser realizados no sentido de se proceder em cada região ou estado, uma investigação de espécie – adesivo – tratamento para uma caracterização das madeiras que melhor possam se adaptar a essa técnica. Devem ter destaque nessa investigação, principalmente as madeiras provenientes de florestas plantadas.

Na maioria dos casos a escolha da cola, entre caseína, resorcina ou uréia-formol, e mais recentemente a melamina, depende mais das condições de uso da estrutura do que do tipo da madeira. Logo, é preciso levar em consideração principalmente o meio a que a estrutura vai estar submetida, ou seja, temperatura e teor de umidade.

Portanto, a escolha da cola está diretamente ligada às condições a que a estrutura estará submetida, ou seja, se a mesma vai estar abrigada no interior da edificação ou exposta à variação das condições atmosféricas, como, alternância de sol e chuva. Estes são fatores determinantes na escolha da cola.

CONTROLE DE QUALIDADE

A madeira laminada colada (MLC) é um produto engenheirado de madeira que requer precisão de fabricação em todos os seus estágios. O produto acabado pode somente ser testado em condições laboratoriais, entretanto, é necessário o controle de qualidade na produção para assegurar que as propriedades da MLC sejam adequadas com as resistências especificadas para o material de acordo com as normas vigentes (can/csa 0177 – 2006).

O sistema de controle de qualidade é definido pelas ações realizadas por um fabricante em relação aos materiais, métodos, equipamentos, mão-de-obra e produto final, para satisfazer os requisitos necessários de uma norma de controle de qualidade (aitc 115, 2005).

O programa de qualidade conta com vários especialistas que entendem da importância do processo de certificação para conseguir a confiança do consumidor e a qualidade final do produto.

Para predizer a performance estrutural da MLC com base nesse programa é necessária a realização de ensaios mecânicos diários, sistemas de avaliação em pontos estratégicos da produção e inspeção constante durante o processo de produção. Destaca-se que todas essas atividades devem ser auditadas e verificadas por inspetores credenciados.